Lorenzo nasceu no Brasil meados de Novembro de 2014, com apenas 28 semanas de gestação. Devido à extrema prematuridade, ele teve uma lesão cerebral chama leucomalácia periventricular, que se resume a necrose cerebral – como se parte de seu cérebro tivesse morrido. Ele foi internado na UTI neonatal por três meses, utilizando ventilação mecânica nos primeiros 42 dias de vida. Ele tinha disfagia grave, não sendo capaz de engolir por algum tempo. Depois de estar internado por meses, recebeu alta com um prognóstico de que não viveria muitos anos; os médicos disseram que era um milagre que ele ainda estivesse vivo.
Nos meses seguintes, a família de Lorenzo permaneceu positiva e começou a fazer tudo o que era capaz para lhe proporcionar uma melhor qualidade de vida. Ele era constantemente hospitalizado – qualquer resfriado menor, ele teve que ser internado no hospital por vários dias. Ele estava passando por um programa intensivo de reabilitação, sua mãe mencionou que ele parecia um boneco – “Lorenzo não conseguia mexer em nenhuma parte do corpo e não tinha controle de tronco ou cabeça, mas continuamos as terapias todos os dias com muita esperança”.
Depois de algum tempo, a família do paciente percebeu que havia algo incomum em seu comportamento – toda vez que ouvia um ruído ou movimentos ao seu redor, ele se tornava mais espático e revirava os olhos. Foi quando sua família decidiu levá-lo a um neurologista, ele tinha apenas 11 meses quando descobriram que ele havia desenvolvido a Síndrome de West – epilepsia grave devido a uma lesão cerebral, ou seja, toda vez que ele sofria um ataque, seus neurônios estavam sendo mortos e seu cérebro degenerando-se. Os médicos disseram que só um tratamento com células-tronco poderia ajudar, mas não havia tratamento disponível no Brasil. A mãe de Lorenzo deixou a consulta médica desesperada, perdida, tentando processar todas as informações que acabara de ouvir do médico.
Alguns dias depois, fazendo uma pesquisa online, a mãe de Lorenzo encontrou o site da Beike. No mesmo dia, ela entrou em contato com o representante que prontamente a respondeu com todas as informações que ela precisava. A partir desse dia, ela começou a se preparar para vir a Tailândia fazer to tratamento. Sua família e comunidade se reuniram para arrecadar fundos para que Lorenzo pudesse receber o tratamento de Células-Tronco na Tailândia. Eles ficaram emocionados ao saber que muitas pessoas abraçaram a causa e os ajudaram a arrecadar o dinheiro necessário em apenas três meses.
No final de março de 2016, eles chegaram à Tailândia pela primeira vez com confiança de que esse tratamento poderia mudar suas vidas. Eles nunca imaginaram o que estava por vir, então eles passaram quase um mês em Bangkok fazendo um programa intensivo de reabilitação combinado com 6 injeções de Células-Tronco Adultas. Os primeiros resultados se manifestaram no final do tratamento, quando Lorenzo começou a mover os dedos dos pés. Quando voltaram para casa, lentamente começaram a notar que os episódios de epilepsia de Lorenzo havia diminuído. Em Agosto do mesmo, eles fizeram um eletro que confirmou que ele não tinha mais Síndrome de West.
“Esse foi um dos dias mais felizes da minha vida, eu sabia que o tratamento funcionaria, mas não estávamos esperando”, disse a mãe do Lorenzo. Ela ficou tão feliz que eles decidiram planejar outra visita para obter mais células-tronco, já que ele ainda tinha convulsões sempre que ficava doente e febril.
“Em geral, notamos muitas mudanças em sua função cognitiva e curar a Síndrome de West foi uma bênção, mas queríamos mais”, disse a família. E com isso, eles vieram para o segundo tratamento em dezembro de 2017, confiando no tratamento regenerativo.
A segunda vez foi ainda melhor, pois eles já estavam familiarizados e confortáveis com a equipe. Todos ficaram muito satisfeitos ao ver as mudanças no corpo de Lorenzo. Eles seguiram o protocolo como fizeram pela primeira vez e foram para casa com grandes esperanças e expectativas.
Este tratamento mudou nossas vidas. Já faz quase dois anos que não precisamos correr para o hospital no meio da noite, seu organismo, em geral, melhorou e ele está até dizendo algumas palavrinhas. Estamos felizes por termos tido a oportunidade de oferecer este tratamento ao nosso filho, estamos ansiosos para voltar novamente.
Em Março de 2018, Lorenzo ficou doente e teve que ser hospitalizado por semanas. Ele teve outro episódio de epilepsia devido a febre alta. Sua família estava preocupada, mas não tinha ideia de que aquela seria seu último episódio convulsivo. Felizmente, desde então, Lorenzo não teve mais convulsões, mesmo que agora fique doente e com febre alta, este pequeno lutador está completando 23 meses sem convulsões este mês e nós estamos muito satisfeitos por fazer parte de suas realizações.