Novas possibilidades para o tratamento do Autismo

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Medicina funcional para o tratamento do autismo

Dr. Torsak é especialista em Autismo e responsável pelo hospital Better Being, onde são feitos os tratamentos com células-tronco da Beike. Você pode conferir abaixo uma entrevista com ele sobre a abordagem da medicina funcional no tratamento para o Autismo, que é uma condição que pode alterar a interação social dos pacientes, entre outros sintomas.

Dr. Torsak Tip-Pairote M.D. fundador do Instituto de Medicina Funcional da Tailândia no BBH

De onde surgiu o seu interesse no tratamento do autismo? Como você se envolveu com tratamentos de autismo e grupos como o Instituto de Pesquisa sobre Autismo?

Sete anos atrás, quando eu praticava a medicina funcional e integradora para condições crônicas comuns, a mãe de uma criança autista, que levava o filho para ver um médico nos Estados Unidos regularmente, se aproximou de mim e perguntou se eu poderia ajudar. Eu comecei a trabalhar com a família e este médico dos Estados Unidos desde aquela época. Então isso se expandiu para a comunidade autista local. Eu comecei a assistir às conferências sobre o assunto, e ganhei o certificado pela ARI (Autism Research Institute para tratamento do Autismo) como médico atuante na luta contra o Autismo, então, expandi meus serviços internacionalmente anos mais tarde. Parecia muito natural que eu deveria me envolver mais nesta área depois de conhecer tantas famílias e crianças com autismo. Eu continuei trabalhando em estreita colaboração com a família, o médico norte-americano, e a comunidade do autismo. A maioria dos meus pacientes chega a mim por meio de referências desta família e da sociedade do autismo.

Qual seu status e certificações que possui nos grupos relacionados ao Autismo?

Atualmente, eu sou um médico credenciado pelo Instituto de pesquisa do Autismo (Autism Research Institute), um dos muitos nesta região. Eu também sou um profissional certificado pelo Instituto de Medicina Funcional (IFM) – o único na Ásia. Tenho um mestrado em Toxicologia nutricional, o qual não há muitos. E por fim, sou um professor de mestrado sobre esses temas, nas universidades Dhurakij Pundit University e Mae Fah Laung University. Eu tento ficar atualizado e envolvido o máximo que posso nesta área.

Que pesquisa você está fazendo para que a comunidade do Autismo possa ler e aprender mais?

Agora eu estou trabalhando em um artigo intitulado “bioacumulação de chumbo no cabelo e associação com Transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças tailandesas.” e a expectativa é que se conclua em um ano, mostrando alguns insights interessantes sobre uma possível causa de sintomas do autismo. Também estou planejando a realização de um estudo sobre “Conservantes de alimentos e mudanças comportamentais” para o próximo ano. Ambos são fatores que podem ser controlados imediatamente, por isso pode ser muito útil.

Qual é a coisa mais importante para pacientes e pais para entenderem sobre a desordem do espectro autista (ASD)?

O autismo é a manifestação de muitos fatores interagidos, que incluem problemas genéticos e estilo de vida, alimentação, fatores ambientais, até mesmo muitos possíveis desequilíbrios fisiológicos, tais como problemas imunológicos, deficiências nutricionais, acumulações tóxicas, etc. Muitas coisas ainda podem ser gerenciadas, embora alguns não possam, a fim de modular o resultado clínico final.

Qual é o seu conselho para os pais lidarem com o autismo?

Meu conselho é começar com sua rotina diária, que pode precisar de alterações: alimentos limpos, alimentos nutritivos, atividade física regular, garantir um bom relaxamento, sono, etc.

Faça exames nessas áreas, se necessário. Depois disso, você pode considerar algumas intervenções, como suplementação, oxigenoterapia hiperbárica (OHB), treinamento especial, Estimulação Magnética Transcraniana (TMS), tratamento com células tronco, etc.

A Medicina Funcional é o futuro dos tratamentos para Autismo?

Este conceito já é o futuro de todas as condições crônicas. É o conceito de cuidado do próximo século.

O que mais você gostaria de compartilhar sobre o autismo?

Os fatores não modificáveis, tais como genes, nem sempre são o nosso destino. Nosso corpo está funcionando como o resultado de muitos processos interativos. Mesmo se não podemos mudar alguns fatores, há tantas coisas que ainda se pode trabalhar para modificar as funções do nosso corpo. Se mudarmos a forma como olhamos para o mesmo problema, vamos ver muitas possibilidades pela frente.